quinta-feira, 2 de maio de 2013

o artista

vi soprar,
entre a paz e a ventania,
a voz da fé: sim, o céu teria cor
e beleza, apesar da tinta fria
com que Deus pintou
os rumos do amor

sem contorno,
linhas quase remendadas
e um borrão
unindo duas mãos vazias
quase não vi: a tinta era abençoada
tudo e nada
livre como a poesia