hoje sou terra
pedaço de chão
estende
horizonte
tão lindo e tão reto
daqui vejo a lua
pontinho no céu
abraça
outros mundos
tão longe e tão perto
terça-feira, 19 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
cada distância
teleobjetiva
é a lente
da poesia
que vê tudo
nos mínimos
detalhes
sem razão
sem
objetividade
sem medo
de ser tanta
que vazia
é a lente
da poesia
que vê tudo
nos mínimos
detalhes
sem razão
sem
objetividade
sem medo
de ser tanta
que vazia
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
feliz e ponto
hoje acordei com saudade da escola, de jogar pingue-pongue no recreio, de tomar banho de chuva, afundar os pés na lama, andar de bicicleta só pra sentir o vento no rosto. hoje tive saudade até do dia em que caí da árvore e cortei o joelho, tinha até que levar ponto, mas não levei, me curei sozinha. e aí bateu saudade do tempo em que se curar sozinha era isso: deixar o joelho ralado cicatrizar.
mas hoje o jogo é outro, o pingue-pongue é outro, quase um boomerang de idas e vindas. jogo novo, time novo, até a saudade tem que se renovar.
não importa o que se diga, no fundo eu sei: as regras para ser feliz continuam sendo as mesmas.
mas hoje o jogo é outro, o pingue-pongue é outro, quase um boomerang de idas e vindas. jogo novo, time novo, até a saudade tem que se renovar.
não importa o que se diga, no fundo eu sei: as regras para ser feliz continuam sendo as mesmas.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
reciclável
o resto da
gente
é a única parte
em que se pode
confiar
que o pó vai ficando
colado aos pedaços
que sobram
do dia
confiar
que o pó vai ficando
colado aos pedaços
que sobram
do dia
sem jogar fora
o que não presta
resta o que sou
parte de mim
verdade inteira
quinta-feira, 2 de maio de 2013
o artista
vi soprar,
entre a paz e a ventania,
a voz da fé: sim, o céu teria cor
e beleza, apesar da tinta fria
com que Deus pintou
os rumos do amor
sem contorno,
linhas quase remendadas
e um borrão
unindo duas mãos vazias
quase não vi: a tinta era abençoada
tudo e nada
livre como a poesia
entre a paz e a ventania,
a voz da fé: sim, o céu teria cor
e beleza, apesar da tinta fria
com que Deus pintou
os rumos do amor
sem contorno,
linhas quase remendadas
e um borrão
unindo duas mãos vazias
quase não vi: a tinta era abençoada
tudo e nada
livre como a poesia
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
24 sonhos depois
eu quis fazer do mundo um lugar mais fácil de caminhar. e me surpreendi
quando vi que as pedras brotam. não foi simples repensar minhas razões – e emoções. mas foi ao reconstruí-las que dei passos importantes.
hoje entendo que andar e tropeçar fazem parte da mesma dança. que subir
e cair equilibram o universo. que aprender e ensinar são fatias do mesmo bolo.
que escrever tudo isso é ter aprendido. e, de alguma forma, estar ensinando.
Assinar:
Postagens (Atom)